Excelente, ''Hollywood Dreams and Nightmares: Story of Robert Englund'' cumpre bem com proposta.
UMA CRÍTICA LIVRE DE SPOILERS:
Sem sombra de dúvidas, o diabólico sociopata Freddy Krueger é uma das maiores e mais importantes referências de vilões em filmes de terror da história. Nascido nos anos 1980, mas amado até os 1990 e 2000, ele virou uma febre.
Mas a intrusão de Krueger no meio da cultura pop vai muito além dos filmes de terror, — hoje tão notória. Ele se tornou um símbolo que será sempre lembrado. É o famoso caso do personagem que se torna folclore.
Mas quem seria Krueger sem Robert Englund? O desafiado ator dono da (nada menos que) ardilosa tarefa de tentar justificar um maníaco psicopata vitimador de criancinhas? E o conjunto obteve sucesso. Esta tal formula é bem abordada.
Mas Englund, por outro lado, não se assemelha em nada ao personagem de sua carreira. É um cara incrível, cheio de talento e dessas pessoas que contaminam os ambientes onde chegam com o seu carisma brilhante e legal.
SOBRE ESTE ÓTIMO DOCUMENTÁRIO:
Confesso que o próprio Trailer não havia me empolgado tanto — porque achei a edição muito simples, e que poderia ter sido bem melhor (afinal, é o cartão de visitas da obra). Mas esse é o de menos em relação a este documentário. Sim, ele é simples também (e de cara, todas as falas destacadas do Trailer estão na abertura).
Mas vale demais a pena por outras razões: Backstage com cenas raras de seus filmes, histórias incríveis e memoráveis, uma forma a mais de conhecermos o grande ator e intérprete Robert Englund — para mim, um dos maiores ainda vivos no gênero terror.
O documentário biográfico traz uma estética de VHS, — conforme avançam as histórias, vemos o ano sempre naquela estética de TV de tubo no sistema do VCR com aquela característica tela de fundo azul. Um toque de charme a mais, e que foi uma ótima sacada.
MAIS SOBRE O DOCUMENTÁRIO:
O documentário se inicia com o próprio Robert falando de sua carreira pregressa nas artes cênicas ainda em sua pré-adolescência — onde ele, interpretando o Pinóquio, fez uma apresentação e ganhou elogios do grande apresentador americano Steve Allen, de Talk Shows da TV.
Logo em seguida, vemos Corey Taylor, o talentoso ator (e cantor, da banda Slipknot), relembra a generosidade Englund para com ele, no começo de sua atuação. Em outra ocasião, Tim Sullivan — diretor de "2001 Maníacos" (2005) relata a confiança contagiante do icônico ator estrelando em seu filme, e nos sets de filmagem. Aquela era a primeira direção de Sullivan, e Englund deu tudo de si — como de praxe.
Em suma, neste trecho inicial do documentário, vemos uma síntese de como o ator tem uma trajetória de dedicação à arte de atuar, vindo a sacrificar muito de seu tempo e com esforços para tal (ainda mais no terror).
Englund lembra bastante sobre sua juventude, sua família — com seu pai que tinha para ele, o sonho de ver ser filho formado em advocacia, mas Englund traíra os planos dele, para trocá-los por um personagem que não poderia estar mais longe do Direito (nem sequer à vida).
Num dos contos engraçados deste documentário, o ator relembra que a 1ª vez em que seu pai admitiu visitá-lo nos sets de filmagem (após saber de seu hediondo personagem), ele acabou indo em plena cena, enquanto faziam uma das cenas finais do filme — durante filmagens do 4º filme da franquia 'A Hora do Pesadelo' - onde Krueger é crucificado bizarramente. E o constrangimento foi mortal.
CRÍTICA GERAL SOBRE ESTE DOCUMENTÁRIO:
É ótimo. A estética está bem dentro do aceitável. O elenco de participações especiais de ponta no documentário está bem recheado de surpresas legais (quem não ama Robert Englund?). Tem muitas fotos e cenas raras de maquiagens sendo criadas também. E conta ainda com participação do finado Wes Craven (o documentário vem sendo filmado há alguns anos já).
A organização dos eventos está excelente. Fizeram um ótimo apanhado de coisas que muitos nunca nem sequer haviam ouvido falar sobre o ator. Achei ótima a forma como abordaram o crescimento de Robert Englund como ator na indústria dos filmes de terror. Muitos pensam que Krueger foi o seu papel de start, mas a carreira dele vem de longe (e ainda fala de outros filmes). E é isto. Está bem sintético e intuitivo.
No mais, eu diria que o documentário é recomendável para todos, mas altamente indicavel àqueles que tiveram o privilégio de viver e experienciar o restinho (que seja) daquela era de criatividade fervilhante que eram os anos 1980 e 1990 - com a MTV, locadoras e VHS, filmes no home video, cinema com grande quadro de atores disputando a melhor e mais explosiva narrativa. Muitas memórias afetivas envolvidas aqui. Enfim. Vocês vão gostar. Obs.: está a U$3 na Google Play dos EUA. Conforme novidades ou promoções, trago por aqui.
PODEM TE INTERESSAR:
NOTA: 9,1/10
Eu vivi essa época dos anos 80...Tenho um pôster do Hora do Pesadelo que comprei em 1990 e todos os filmes em dvd.Gostava muito,também da série,que chegou passar no sbt
ResponderExcluirവണ്ടർലി ലോപ്സ് Boas lembranças. Vc pegou a melhor fase do Freddy Krueger então. Essa época deixou saudades em muitos.
ExcluirLegal gostei
ResponderExcluirPode crer.
Excluir