Icônico, lendário, versátil. Mais um grande astro do cinema parte dessa para a melhor. Que descanse em paz.

O ator Christopher Lee faleceu aos 93 anos de idade, neste domingo (9), no Reino Unido, informou o jornal britânico The Telegraph, sendo que a notícia só foi divulgada hoje (4 dias após a morte) pela manhã ainda à pedido de sua esposa, que queria, antes de liberar a informação, informar toda a família sobre o ocorrido.
Fontes próximas da família revelam que o ator faleceu às 8:30 da manhã deste domingo, no Hospital de Chelsea e Westminster, em Londres.
Lee fora internado há três semanas por problemas de respiração e insuficiência cardíaca, mas devido a sua complicada não resistiu aos problemas.
Essa notícia vem com mais peso desde que nenhum dos fãs sequer pôde cogitar a situação, claro que pela idade dele essa seria uma notícia imprevisível de quando seria dada, mas não agora, já que exatos 15 dias ainda citávamos o aniversário do mesmo, e nem mesmo demonstrava sinais de estar com problemas de saúde, dos quais o público saiba.
Ninguém sabe ainda sobre uma possível data de sepultamento, ou se será alguma cerimônia aberta ao público, eu acho que não será pública, caso ainda ainda vá acontecer, esperamos notícias. Ele parte deixando uma esposa e uma filha de 53 anos, Christina Erika Lee.
UMA VASTA CARREIRA NO CINEMA E NA TV:
Christopher nasceu no distrito de Belgravia, Westminster, em London, no dia 27 de Maio de 1922. Ele foi casado com a ex-atriz e modelo dinamarquesa Gitte Lee, com quem teve uma única filha.
Lee durante sua vida teve inúmeros papéis, dezenas, obviamente sendo sempre mais citado por Saruman na famosa trilogia ''medieval'' do Peter Jackson. E também como Drácula, na versão que nem sequer gosto de chamar de remake por ser num outro padrão do primeiro, mas numa versão paralela, também principalmente pela execução de uma Fotografia totalmente incomparável de ser filmado quase 27 anos depois no Horror of Dracula ("Vampiro da Noite"), e 35 anos em sua respectiva continuação e nas outras mais ao longo dos anos. Assim como Lugosi sua adaptação colou e começou a ser explorada além do básico.
Certamente nunca surgirá ator como foi Christopher Lee, que pra começar não era só ator, como executor e real defensor da arte e do entretenimento por si só, tanto é que um dos 'sentimentos' mais icônicos e peculiares causados por Lee eram causar discussão entre uma coisa ou outra do seu trabalho, ou seja, alguns podem gostar de seus álbuns de Heavy Metal com o projeto Charlemagne, outros podem achar chato. Assim como uns podem gostar do cinema de Terror com filmes da Hammer durante os anos dourados do cinema do Terror 'clássico-moderno', outros podem tomar gosto por suas atuações mais modernas, passando por citações totalmente distintas ainda, como em filmes de ação, fato é que Lee atuou em dezenas de filmes durante sua extensa vida na qual eu nunca parou desde que começou em 1948, e seu primeiro papel interpretando Rumpelstiltskin.
A arte além da interpretação de um papel
Certamente que entre os papéis mais notáveis de sua carreira está o Drácula, ele interpretou de maneira tão brava, e original, prestando total respeito não só a Béla Lugosi como ao próprio papel em si logo que ele discordava de certas 'modernizações' nas falas, coisas estúpidas ao qual qualquer ator dos dias de hoje se submeteria facilmente, Lee foi contra, perda o que perder, a arte pra ele, pode-se dizer, vinha sempre em primeiro plano.
A interpretação de Christopher Lee faria Lugosi orgulhoso, se ainda estivesse vivo, até porque ele não quis jamais substituir ou reciclar pra nova forma de fazer cinema (em cores dos anos 60) a atuação clássica do filme de 1931, como muito se vê nos dias atuais, onde diversos reboots e remakes não prezam por valor nenhum, a não ser quase que só pela bilheteria, deplorável.
Lee fez do Drácula mais visceral, mais grotesco (no bom sentido), e o que vemos é algo totalmente novo, tão bom quanto a versão original apesar de totalmente distinto. Como não admirar?

A inseparável 'quadruple' de atores muito conhecida, dá esquerda pra direita,
Peter Cushing, Vincent Price, Christopher Lee e John Carradine
E o mundo do cinema de hoje fica a cada dia mais sem brilho, pela perda de ícones irreparáveis e personalidades únicas tais como o próprio Lugosi, ainda em 1956, John Carradine em '88, Vincent Price, 1993, Peter Cushing no ano seguinte, e diversos outros na interminável lista. Felizmente ainda temos excelentes e bons defensores do gênero na forma que ele ''deve ser''.
Claro que a tendência do cinema, seja qual for o gênero, é se renovar e muda a cada meia década, mas não há como afirmar se algum dia surgirão atores tão brilhantes quanto os dos filmes clássicos que iam além do papel a exercer, além da premiação das bilheterias, além da execução fria de um filme, mas que enxergavam uma paixão pelo valor na realização da obra, não que não continuem a
existir atores assim também.
Sem sombra de dúvidas, Christopher Lee fará muita falta.
R.I.P Christopher Lee (*27 de maio de 1922 - +7 de junho de 2015)
RIP
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