
Título Original: Ted Bundy
Direção: Matthew Bright
Roteiro: Matthew Bright, Stephen Johnston
Data de lançamento: 13 de setembro de 2002 (EUA)
Estrelando: Michael Reilly Burke, Boti Bliss
Duração: 1h, 39min.
Orçamento: 1.200.000 $ (estimado)
Hoje a minha crítica é sobre "Ted Bundy" (2002), dirigido por Matthew Bright, um filme mediano, mas que no oposto de outros biográficos sobre Bundy, pode ser considerado Terror. Com um ator escolhido brilhantemente para interpretar o papel de Ted Bundy, Michael Reilly Burke. Eu ainda acho que a atuação do Reilly Burke é o Bundy imbatível.
Ao contrário de "The Deliberate Strange" (1986), esse filme não nos poupa de cenas agressivas, e de expor o lado escroto e de psicopata de Ted Bundy, toda sua loucura mórbida e perversidade sem tarjas. Mas é um filme impressionável, não é uma biografia muito fiel, e entre a simpática cara de galã de Mark Harmton (que interpretou "The Deliberate Strange") e o Michael Reilly Burke, com certeza eu fico com o Michael, mas as diferenças são enormes.


O bom de "Ted Bundy" é que não vai para o lado "entediante" da vida de Bundy, como quando ele se envolvia com campanhas políticas, coisa que já em outros filmes vemos e pelo menos para mim é um tanto quanto desnecessário e desinteressante.

Começamos vendo um Ted Bundy que sempre analisa as mulheres nas ruas, e já de cara, há uma grande ênfase nessa imagem, dando até a falsa impressão de que na cidade onde ele mora só existem mulheres jovens e atraentes, nenhuma senhora ou moço.
Ele, Bundy, sorrateiramente passeia em seu fusca amarelo-ovo, enquanto as lindas jovens passam ao lado, quando não na frente de seu carro, sempre em slow motion e reluzentes ao sol, balançando os cabelos. Analista como bom predador que é, ele não se envergonha de encarar estarrecidamente nos olhos delas, enquanto sua imaginação doentia voa e voa.

Um outro lado, e esse até é novidade em filmes sobre ele, é a sua cleptomania, em todo o começo do filme com ele roubando coisas numa montagem de cenas até engraçada, ao som de trompetes e órgão numa música agitada, acredito é um ar legal para o começo de um filme de meio e fim sombrio, e com desfecho mais sombrio ainda.

Um outro lado, e esse até é novidade em filmes sobre ele, é a sua cleptomania, em todo o começo do filme com ele roubando coisas numa montagem de cenas até engraçada, ao som de trompetes e órgão numa música agitada, acredito é um ar legal para o começo de um filme de meio e fim sombrio, e com desfecho mais sombrio ainda.
No entanto esse ''humor negro'' do começo é um alívio cômico para a tragédia que foi Bundy em seu rastro de dor, sofrimento e de toda a sua insanidade comportada.
A fotografia desse filme é a primeira impressão negativa que tive ao assisti-lo por inteiro, e também toda vez que revejo, sendo que vi ele pela primeira vez no Telecine Action (ou teria sido outro canal?) em 2006.
A fotografia desse filme é a primeira impressão negativa que tive ao assisti-lo por inteiro, e também toda vez que revejo, sendo que vi ele pela primeira vez no Telecine Action (ou teria sido outro canal?) em 2006.
Mas nem por isso eu gosto menos, pelo contrário, acho não só o melhor filme biográfico sobre Ted Bundy, mas um dos melhores do período de 2000-2005 no cinema de Terror, uma época relativamente fraca, que estava numa determinada readaptação, com as novas tecnologias e suas respectivas formas de fazer cinema, e o começo da era do despenque do Terror.

Uma coisa bacana desse filme é a edição, em diversas cenas com a edição, nós podemos ver a dualidade do Bundy, como após a cena em que ele ataca a sua primeira vítima, em disparada em seu Fusca, um lado dele gargalha, e o outro se preocupa e se arrepende, e isso foi bem retratado, todos acreditam que isso Bundy realmente tinha um demônio em seu ombro e um anjo silenciado no outro.
Então, com menos de 12 minutos de filme, vemos o primeiro ataque de Bundy, num ato falho. Daí em diante não existe mais humor. Vemos então a relação conturbada que ele mantinha com sua namorada, num falso comportamento de mocinho.

"Ted Bundy" mostra também um lado bem interessante, no qual, nisso é absolutamente franco, que é o caso de extrema organização do psicopata, com a pura ironia dissonante de um quarto arrumadíssimo, com Bundy de roupas limpas e arrumado, enquanto passa batom nos lábios da cabeça de uma de suas vítimas, sobre a mesa do seu quarto.
A curiosidade mais interessante desse filme é que ninguém menos que Tom Savini fez uma participação. Como um detetive de Salt Lake, sem nome.

Uma das bolas-fora desse filme, para mim, é não ter feito a épica cena da fuga da cadeia pelo teto da prisão, e por sinal é bem bostinha a sua breve representação, simplesmente há um quadrilátero no teto e mais nada, quando na verdade todos sabemos que não foi assim (nisso o "The Deliberate Stranger" ganha disparado).
Na minha cena favorita desse filme, Bundy ataca e leva uma de suas vítimas para uma cabana na floresta, ela ainda tenta correr, sai em disparada, semi-nua, pela floresta.

Uma coisa bacana desse filme é a edição, em diversas cenas com a edição, nós podemos ver a dualidade do Bundy, como após a cena em que ele ataca a sua primeira vítima, em disparada em seu Fusca, um lado dele gargalha, e o outro se preocupa e se arrepende, e isso foi bem retratado, todos acreditam que isso Bundy realmente tinha um demônio em seu ombro e um anjo silenciado no outro.
Então, com menos de 12 minutos de filme, vemos o primeiro ataque de Bundy, num ato falho. Daí em diante não existe mais humor. Vemos então a relação conturbada que ele mantinha com sua namorada, num falso comportamento de mocinho.

"Ted Bundy" mostra também um lado bem interessante, no qual, nisso é absolutamente franco, que é o caso de extrema organização do psicopata, com a pura ironia dissonante de um quarto arrumadíssimo, com Bundy de roupas limpas e arrumado, enquanto passa batom nos lábios da cabeça de uma de suas vítimas, sobre a mesa do seu quarto.
A curiosidade mais interessante desse filme é que ninguém menos que Tom Savini fez uma participação. Como um detetive de Salt Lake, sem nome.

Uma das bolas-fora desse filme, para mim, é não ter feito a épica cena da fuga da cadeia pelo teto da prisão, e por sinal é bem bostinha a sua breve representação, simplesmente há um quadrilátero no teto e mais nada, quando na verdade todos sabemos que não foi assim (nisso o "The Deliberate Stranger" ganha disparado).
Na minha cena favorita desse filme, Bundy ataca e leva uma de suas vítimas para uma cabana na floresta, ela ainda tenta correr, sai em disparada, semi-nua, pela floresta.
A sensação completamente agoniante que se passa em slow motion, como alguém que corre parado, num perfeito ângulo de câmera, enquanto Bundy vem vindo no seu encalço com o sorriso mais sínico do mundo em seu rosto, estampado de branco, como se fazendo cooper, é uma cena excepcional, e como filme de Terror, muito autêntica.

Como filme audacioso que é, de ir onde outros não vão e até mostrar cenas como (mesmo que indiretamente) o estupro da sua suposta última vítima, uma garota de 12 anos;

Como filme audacioso que é, de ir onde outros não vão e até mostrar cenas como (mesmo que indiretamente) o estupro da sua suposta última vítima, uma garota de 12 anos;
O sexo simbólico entre Bundy e sua namorada (que relatou que se considerava sua primeira vítima); A execução de Bundy, entre outros.

O lado chocante, evitado por outros diretores, nesse filme é a essência, e é o que indico para fãs do gênero de Terror que buscam uma representação mais sincera da personalidade negativa do Ted Bundy realmente.
Particularmente, é o meu filme predileto sobre o asco horrendo e decrepito que foi Ted Bundy.
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