E mais uma vez, um ícone do gênero de terror é escanteado com louvor em cerimônia do Oscar.
Imagem: Reprodução/Divulgação
Ontem, domingo (2), foi realizada a 97ª cerimônia do Oscar, em Hollywood, EUA. E um dos grandes gêneros de destaque dessa edição foi o gênero de terror.
Com a refilmagem de "Nosferatu", do cineasta Robert Eggers, concorrendo em quatro categorias relacionadas à beleza visual do filme (Melhor Direção de Arte, Figurino, Fotografia e Maquiagem); e também, o famigerado título de terror (e bem gore para o paladar refinado) do ano, "A Substância", concorrendo basicamente entre as cinco principais categorias do evento. E "Alien: Romulus", claro, vale a menção, também concorrendo por Efeitos Visuais.
E, no entanto, embora o gênero de terror estivesse em roga entre os principais gêneros da noite, mais uma vez (não para a minha surpresa), o evento cometeu outro grave desrespeito ao gênero de terror no seu estimado e bem pensado momento de 'In Memoriam' — aquela parte onde são homenageados os artistas falecidos dignos de maior menção. O ator Tony Todd foi deixado de lado.
Uma homenagem extensa, por exemplo, foi feita ao ator Gene Hackman, que faleceu na semana retrasada em sua casa, com sua esposa.
E, de fato, um baita ator, — e que chegou até a atuar isoladamente num filme de terror cômico, em "O Jovem Frankenstein" (1974), mas que nunca se envolveu propriamente com o gênero. À ele, um tributo todo especial contendo um discurso de 1 minuto e meio foi prestado pelo ótimo ator Morgan Freeman.
*E tudo isso, claro, eu ousaria dizer, mais pelo choque e surpresa da notícia repentina, e até pelos mistérios das causas de morte do que propriamente pela homenagem ao ator em si. Por melhor que fosse — e premiado queridinho de Hollywood. Eu tendo a crer que do contrário, ele seria só outro na lista dos citados no 'In Memoriam'. Oscars e a sua velha diplomacia política são como carne e unha, desde sempre.
E no entanto, o estadunidense Tony Todd, com uma notável e extensa carreira de vida dedicada aos gêneros de tipos de filmes que causam estranheza, — no gênero de terror, ficção e mistério; foi totalmente desdenhado, tornando-se (e sendo digno) apenas de uma nota no site do Oscars. E infelizmente, isso não é novidade.
E esta é uma realidade antiga, meus amigos. Para o núcleo duro dirigente da velha Hollywood, o gênero de terror não passa de uma notinha de rodapé, explorada convenientemente quando seu aporte criativo vai mal. Não se iludam.
Imagem: Reprodução/Divulgação; autor de arte desconhecido
Não me surpreende o Oscar esquecer. Surpresa fiquei qdo lembraram do George Romero, mas no mesmo ano esqueceram do Tobe Hooper. O Oscar não liga pro terror.
ResponderExcluira Shelley Duvall apareceu super rápido
ResponderExcluirUm dos motivos de nunca assistir essa cerimônia de cartas marcadas.
ResponderExcluirJuro que fiquei esperando ele aparecer. Houve homenagem ao maquiador, produtor e todos os demais profissionais do cinema, mas esqueceram do grande Candyman.
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