"A Casa dos Maus Espíritos" será refilmado por cineasta independente estadunidense

Cineasta e fã de terror estadunidense fará refilmagem de clássico "A Casa dos Maus Espíritos", em 2024

Imagens: Reprodução/Divulgação (IMDB)

Um cineasta estadunidense, fã de filmes clássicos de terror, lançará no outubro próximo, uma refilmagem do clássico estrelado por Vincent Price e dirigido por William Castle, "A Casa dos Maus Espíritos" (1959).

No filme original, "um excêntrico milionário organiza uma reunião entre pessoas que não se conhecem em uma mansão alugada. A casa, em teoria, é mal-assombrada, e o anfitrião pretende dar dez mil dólares a quem passar a noite nela."

E o cineasta chama-se Dustin Ferguson. E ele tem diversas citações no IMDB como produtor e editor, e é dono da produtora de filmes de terror independente SoCal Media Studios.

UM DIRETOR DE FILMES DE TERROR VINTAGE:

O cineasta já refilmou outro clássico, de forma independente, o filme de terror e comédia de Jack Hill, "Spider Baby", de 1967, estrelado por nomes como Lon Chaney Jr. e Sid Haig, e no entanto, o resultado não foi tão satisfatório assim — senão para o resultado de um mero filme independente de terror, sem grandes perspectivas.

E a nova refilmagem estranhamente se parece com outro filme do mesmo diretor: "Return to the Dark House of Mystery", que remonta aos filmes de terror dos anos 1960, em preto e branco. Notem e me digam. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Os cartazes feitos para os filmes de Ferguson são bem estilizados, e embora que com desenhos digitais, mas sempre à moda antiga. Isto é bem interessante, mas infelizmente, já tem muita gente fazendo isso e usando-se dessa mesma estratégia e tática. *E que aliás, diga-se de passagem, é usada pelo menos desde antes dos anos 1980, para filmes de cunho /qualidade duvidosos.

E já voltando, sobre a refilmagem de "A Casa dos Maus Espíritos", o  cartaz deste nova refilmagem realmente está de cair o queixo de tão interessante e bem feito, mas ainda quero esperar o trailer para poder avaliá-lo melhor. (Confiram abaixo)

Não há maiores informações sobre o filme, apenas sua data de lançamento, que deverá ser próxima ao Dia das Bruxas, em outubro.

A MINHA OPINIÃO SINCERA (E SEM FILTROS):

A remontagem atual às clássicas películas do cinema mudo e preto e branco, com textura em excesso é apenas uma consequência natural deste cinema de 2024 tão insosso, sem personalidade, sem graça e extremamente genérico. *Sempre se acharão filmes bons no mundo, a questão é só de garimpo. Hoje não se divulgam mais. Está difícil.

E é assim que eu vejo. E esta "consequência natural" já pode ser vista até mesmo na grande Hollywood, em filmes e cineastas como Robert Eggers da vida, em "O Farol" (2019), e dentre outros tantos.

Mas infelizmente, cineastas como este, tem se mostrado sempre grandes nadadores que morrem na praia. Se partindo dos grandes estúdios de Hollywood, eu até que posso duvidar de suas boas intenções, mas se tem alguém em quem eu ainda deposite um restinho de esperança, isto seria nos independentes. Mas eles cometem erros crassos.

A falta de esmero em suas produções — mais parecidas que foram filmadas de qualquer jeito, sem cuidado algum, apenas prezando pela qualidade de se filmar com um celular iPhone topo de linha. No entanto, até com um iPhone o resultado final pode variar grandemente. Não basta só filmar aleatoriamente e lançar às pressas.

Cineastas independentes tem tendido a ser os assassinos de seus próprios filmes.

E por quê? Nos filtros genéricos de After Effects, não usam de texturas, nos erros clássicos dos filmes atuais, que é não investir no uso e abuso de lentes de câmera que angulem melhor as filmagens, erros de ângulo de filmagem, nas boas captações de áudio, e além de tudo o mais, caem nas atuações sem expressão — que faz qualquer um fechar o filme logo no começo.

Mas este cineasta carrega consigo uma síntese importante de tudo aquilo que penso dos filmmakers de hoje: ele tenta bastante criar uma pegada retrô, vintage, e até mesmo, pode-se perceber que ele até parte de uma boa vontade com estas refilmagens, tentando usá-las mais como um meio de aprender e divulgar seu próprio trabalho sem muletas, mas nem assim... isso só não adianta.

É notável o quanto o ator preza pela qualidade de seus pôsteres, mas falta raça em produzir conteúdo, realmente, instigante e acima de tudo: de qualidade. Uma pena.

Imagem: Reprodução/Divulgação