Clássico e cômico, com bastante gore, e bem trash; título marcou toda uma geração, nos EUA e no mundo.

Grotesco, nojento, repulsivo, visceral,
violento, esdrúxulo, repugnante e melequento!
'Street Trash' — ou "O Lixo das Ruas" é um filme Cult e Trash, mas de muitas qualidades. Como o próprio subtítulo já diz: é um trash raiz mesmo. Para muita gente este é um filme bobo, mas para mim trata-se de uma verdadeira pérola.
Lançado em setembro de 1987, e com direção de J. Michael Muro, — o antigo pseudônimo de Jim Muro, — um cineasta famoso que (mais ou menos) no naipe do Peter Jackson, antes, no cinema trash, não mais arriscou-se em filmes de tal mau gosto e com requintes de apelos gráficos.
'Street Trash' — "O Lixo das Ruas" é considerado uma honorária obra-prima do mundo de Filmes B de baixo orçamento, pelos seus elementos característicos e por sua história debochada, crítica e inacreditável.

Mike Lackey no papel do vagabundo Fred
Esse é um daqueles filmes que você pode ver com seus amigos mais próximos, mas não deve ser visto com parentes chatos ou com sua namorada, você não faria isso ao menos que quisesse ser tratado como maluco, pro resto da vida.
Acredite eu já tentei. Enfim, o filme tem início com o caos! Um mendigo imundo rouba uma bebida de uma distribuidora de bebidas, é perseguido pelo dono da distribuidora rua abaixo, ele causa um acidente e o motorista junta-se, lhe perseguindo, ele então encontra outro mendigo pelo caminho, de quem rouba dois dólares, agora então são três homens correndo atrás dele, em conjunto. O mendigo é encurralado, mas por sorte encontra uma escada que leva a um apartamento em chamas... Já começou bem, não?

Viper, um licor envelhecido, feito em 1891
O mendigo em questão é Fred. Um homem que passou grande parte de sua vida como mendigo nas ruas, tempo o suficiente para não querer mais saber de procurar emprego, tanto quanto tomar banho. Ele vive em pobreza com sua única família, seu irmão caçula em um ferro velho, junto com outros mendigos. Lá existe uma completa facção de mendigos, cada um com uma ferida de guerra diferente.
Até ai tudo bem, o problema começou quando um dono de uma loja de bebidas da reigão encontra em seu porão uma remessa lacrada de bebidas, como bom vendedor, ele vai vender, seja isso, seja qualquer porcaria que ele ver pela frente parecendo conter álcool, mas mal sabia ele que naqueles frascos continha a morte...

O filme se passa em Nova Iorque
Os problemas começam se enfestar pela cidade, todos aqueles que tomam ao conhaque Viper derretem de maneira Gore, grotesca, nojenta e divertida... Lembro-me muito bem que a primeira vez que vi tais cenas tive uma crise de riso insolúvel, é uma morte que consegue ser nojenta e repugnante aos olhos dos fracos, pra mim é motivo de riso, mas de fato, as mortes são engraçadas.
A história da filme é muito simples, eu não tenho muito mais a dizer sobre o filme, é um Trash de excelencia, as mortes são hilárias, criativas e bem Gore. Existem outras encrencas além da bebida Viper, um mendigo muito agressivo começa uma onda de assassinatos, Bronson vivido por Vic Noto, começa, logo no ínicio rasoável a matar um cara inofensivo.

Depois de uma conversinha amigável com Bronson
Bronson é um ex-veterano de guerra muito bruto, briguento e excêntrico, ele tem uma mulher e um trono construído de entulhos, lugar este, de onde ninguém lhe tira. Os mendigos de todo o território local respeitam e prestam reverências a ele, lhe tratando como líder.
Mas a masculidade de Bronson é posta em debate quando um novo investigador policial começa a ficar de olho nele e nos mendigos dali, o personagem Policial Bill, que inclusive se chama Bill Chepil, na vida real.

Bronson e sua amada esposa
As coisas continuam e complicações surgem, sem muito detalhe, pra não estragar. O filme é repleto de cenas de humor negro, tanto que os maiores pontos altos de humor são justamente as mortes, e cenas como esta, em que o pênis de um cara é arrancado enquanto ele mijava (por Bronson, pra variar) e no ferro-velho todos os mendigos começam a jogar entre si o membro cortado. É um típico exemplo, coisas que você só vê em Street Trash.
Bom, acho que já me fiz entendido, não vou me entrar no mérito do constrangimento cinematográfico que Street Trash é capaz de passar. Vamos aos elementos de crítica. O filme é Trash, desde o título até os efeitos.

Tendo por consenso que ele é feito para lidar com o tema de filme lixento, ele é sensacional. Nota máxima para o Elemento Gore e Elemento Trash, sem dúvidas. Pode-se afirmar que ele seja de certa forma Cult, por não ser um filme pra qualquer um, então fica numa nota sensata para Fator Gore.
Já o Roteiro é bem fraco, não explora muito bem os personagens, tampouco explica ou mostra qualquer história sobre a bebida Viper, de como e o porque dela ter parado ali, seria interessante saber. Muitos dos personagens não dizem sobre si, e alguns nem sequer chegamos a saber quem são, ou pelo menos seus respectivos nomes, tendo isso em consideração, a nota de roteiro fica abaixo da média.
A atuação também não atingiu o esperado, no meu conceito, é daqueles tipos de atores que nasceram pra atuar em filmes de baixo orçamento, de tal forma que se fossem chamados (por alguma ironia do destino) para aturem em Hollywood, não teriam potencial, isso nem sempre é um fato em filmes trash, um dos exemplos é nos filmes de Lloyd Kaufmann, onde vários atores grandes começaram, entre outros como Peter Jackson e Sam Raimi, no início de suas carreiras como diretores.

Trilha sonora ideal, aquele sintetizador dos anos 80 não pode faltar num filme como estes.
A Fotografia é boa, efeitos ótimos, ótimos ângulos de filmagem e filmagem em ótima qualidade, tanto é que o filme teve mais facilidade em ser lançado em Blu-Ray do que muitos outros filmes, como o (da mesma década) Evil Dead, que até hoje não tem um lançamento verdadeiramente satisfatório em BD.
Por fim, a Arte de capa ficou ótima, mas já vi várias outras edições que me chamaram bem mais atenção do que esta oficial, por isso vai um dez de escanteio...
O filme tem tudo que um bom Trash tem, e até mais! Desde necrofilia, retalhação, derretimentos, explosão, e claro, não poderiam faltar as atrizes sensuais com peitinhos de fora, as sagradas decaptações, sangue verde, violência gratuita e muito mais... E é por isto que merece uma alta nota na sessão 'Sadismo' de cinema, pelo humor negro, acho que é mais que justo que atinga a nota máxima pelo que falei antes, o ponto alto do filme são as mortes hilárias.

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É o melhor filme que conheço do tipo, depois me vem a cabeça ''Body Melt'' (Corrosão - Ameaça em seu Corpo de 1993), que também é um ótimo filme de derretimento e mortes criativas, mas diferentemente deste, lá os 'efeitos colaterais' são causados por uma droga poderosa, mas sem dúvidas Street Trash fica com o prêmio de ouro. Com isto termino a minha avaliação, é um filme que recomendo fortemente, não tenho muito mais do que falar do filme, se eu falar mais posso estragar e também não quero ficar enchendo linguiça... Assistam!
TRAILER DO FILME:
Nota do IMDb: 6,2/10 de 4.649 votos
NOTA: 8.0
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