
UM PEQUENO RELATO E UM CONVITE PARA A MISSA DE SÉTIMO DIA DO MEU PAI José Mojica Marins Zé Do Caixão QUE OCORRERÁ NO PRÓXIMO DOMINGO, 01 DE MARÇO DE 2020, ÀS 18H., NA PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA DO BRÁS.
Depois de uma maratona de madrugadas na UTI do Hospital Sancta Maggiore em prol da vida do meu pai, infelizmente, uma nova maratona... Fazer com que ele tivesse um velório e enterro dignos, como ele sempre manifestou que queria. Um velório em que não só os familiares e amigos pudessem se despedir do seu corpo físico, como também os fãs pudessem fazê-lo.
Destaco: A despedida do seu perecível corpo físico, pois, sua essência é perene, eterna. Sua obra profissional e pessoal ficarão para sempre tatuadas no cosmos, como marcas d’água no éter.
Mas, como estar apta a realizar esta segunda maratona com competência? Teria que, entre telefonemas sobre encaminhamentos para o velório, providenciar o Funeral, ir ao necrotério do Hospital retirar o “corpo”, depois estar na clínica de tanatoplaxia para orientar as preparações do “corpo” com a finalidade de que ele estivesse “bem” e pudesse suportar até 48hs de despedida...
Como estar apta? Não era um “corpo”. Era o corpo do meu pai. Sim, por ser o corpo do meu amado pai, eu precisava fazer tudo o que fosse necessário, simplesmente, pensando nele, no meu amor por ele, no que ele merecia e desejava.
Anulei os meus sentimentos por dias e pensei somente na minha missão. Nos desejos do meu pai para quando este momento chegasse. Desculpem, não tive tempo de atender a todos os telefonemas, de amigos, fãs, jornalistas, responder mensagens ou até entrar na Internet. Até então, não tive o direito de chorar, de sofrer, de cair, pois, o meu pai ainda precisava de mim.
E agora? Só o vazio... Ainda não sei exatamente o que está se passando comigo... Parece que cavaram uma cova profunda no meu peito...uma cova sem fim...
A sensação é de estar perdida em uma brecha entre o tempo e espaço...
Continuo como nesta imagem captada na madrugada do velório... conversando com ele. Às vezes em voz baixa, às vezes em pensamento... Mas, o contato físico já não existe...
E, as respostas ecoam das incontáveis conversas de uma vida inteira. Na verdade fiquei em dúvida se postava esta imagem que me foi enviada, pois, frequentemente filmamos atores encenando em caixões, mas, não pessoas reais falecidas em caixões. Entretanto, meu pai falava que queria que fosse filmado e fotografado em seu velório e enterro, portanto, resolvi postar, principalmente, em respeito aos desejos dele e porque ele estava com um aspecto tão sereno, parecia que estava dormindo. Ele falou várias vezes que desejava que este momento fosse registrado...
A essência do meu pai está impregnada em meu corpo, em meu DNA, em meu coração, em meus pensamentos. Éramos tão “um”, tão complexos e parecidos em tantas coisas, que a explicação só o etéreo contém.
Sei que terei uma nova missão a cumprir. Dar continuidade ao seu legado. Os Projetos começados e outros que sei que ele desejava, serão materializados. A minha alma só precisa respirar fundo e receber o acalento etérico para no seu âmago compreender, aceitar e prosseguir...
Agradeço a todos os amigos que contribuíram de alguma forma para que esta despedida fosse como ele falava que queria. Aos familiares que revezaram comigo no Hospital , à minha irmã Merisol, que além de revezar no Hospital, escolheu o caixão, roupa e flores junto comigo. Obrigada aos familiares, amigos e fãs que estiveram presentes. Agradeço também a todos que me ligaram, mandaram mensagens e boas vibrações. Por favor, desculpem por não ter respondido a maioria. Já postei os motivos... Tenham certeza de que todas estas manifestações foram muitíssimo importantes para mim. E, creio, para ele... Obrigada!
Meu pai era católico. Na realidade estava mais para ecumênico, respeitava todas as religiões. Haverá missa de sétimo dia, todos estão convidados. A missa ocorrerá no próximo domingo, 01 de Março de 2020, às 18h, na Paróquia São João Batista do Brás, com sede na Avenida Celso Garcia, 600. É uma pequena paróquia. Residimos próximos a ela por muitos anos, na minha infância e adolescência.
Mensagem aberta e pública. Publicada em seu Facebook em 26/02/2020.

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