Crítica de filme: ''Vadias do Sexo Sangrento'' (2008); Um filme nacional bizarro, 'esquisito' e cult

Não há como desver: Uma Gorechanchada medonha e bizarramente hilária do diretor Petter Baiestorf.

Imagem: Reprodução/Divulgação; arte de cartaz de filme

UM ENREDO ABSURDO, 100% NACIONAL, CONTADO DA FORMA MAIS ESDRÚXULA POSSÍVEL, COM TOQUES DE HUMOR E GORE; IRREVERENTE, COM DUELOS DE MOTOSSERRAS E NUDISMOS A ESMO.

Venho falar sobre filme que vi há alguns anos e que vinha querendo fazer crítica dele já há alguns meses: "Vad14s do Sex0 Sangrento", lançado em 2008, com direção do cineasta independente, Petter Baiestorf. É um média-metragem de 30 minutos aprox.

Esse é daqueles filmes que qualquer pessoa normal, comum e ordinária, quando assiste, deve se perguntar algo como: "Mas que p*#$@ra eu estou assistindo??" E acredito que este seja justamente a graça de toda a obra. É exagerado, catártico, esdrúxulo, e beira o surrealismo.

Além de um filme feito por fãs de cinema (isto está patente), é claramente, também, um filme construído à partir do mais bizarro e inimaginável o possível.

Parece que toda esta obra se passa no multiverso — mesmo sendo ela tão remetente à nossa realidade (visse o imbecil que importuna as mulheres, em busca do seu coito fácil e gratuito). Adiante.

Imagens: Reprodução/Divulgação; captura de tela de cena de filme

Já pensado em ser lançado para pegar os circuitos de filmes bizarros mundo afora — a ver pelo nome alcunhado em inglês estampado no rodapé do cartaz; O filme é de um desdobramento escatológico interessante. Às margens do mal senso, consegue chocar pela rudimentariedade.

Eu acho que seja uma medida certa do Baiestorf em fazer um filme com o público-alvo focado fora do Brasil. Muito infelizmente, nosso cinema caminha aos trancos e barrancos.

E filmes desse tipo são muito menos apreciados por aqui, do que em vários lugares lá fora. Lá já há toda uma corrente de exploitations, cult e filmes trash que já vem sendo carregada e cultivada há muitas décadas.

E sobre os filmes do "Lado B" que o nosso país produz, é indispensável falar sobre a ótima e divertida pérola cinematográfica desta crítica.

Entre um enredo fantástico, personagens absurdamente surrealistas e nudismos decorrentes, vemos Mirza e Tura, duas jovens ficantes e Russ, o ex-namorado frustrado de Mirza que busca reatar o relacionamento entre eles a qualquer custo mas é menosprezado por Mirza não quer mais saber do sujeito de volta, de modo algum.

Em pararalelo, vemos o personagem mais emblemático do filme... Esquisito. Um cruzado entre Curly, pelo jeito excêntrico e Larry (Três Patetas) pela voz fininha...

Imagens: Reprodução/Divulgação; captura de tela de cena de filme

Esquisito tem uma história de vida no mínimo "esquisita". Em suma, é um cara que é esdrúxulo em todos os sentidos da vida, — partindo desde sua infância conturbada, — após ter sofrido abusos sexuais numa excursão de padres (48 padres, no mínimo), e isto sem se falar sobre seu jeito de ser peculiar, a sua voz enfadonha e suas falas decrépitas e filosóficas, — e até seus hábitos doentios, como colecionar vaginas empalhadas, numa coleção de "bucet***nhas empalhadas".

Fora — como é dito no filme, "um psicopata com consciência ambiental". É um eco-terrorista vegetariano.

Imagens: Reprodução/Divulgação; captura de tela de cenas de filme

A (bizarra) narração segue por conta do próprio cineasta, o Baiestorf,  — o qual, também participa do enredo de diversas formas, narrando a façanha bizarra como um ser onipresente e fantasmagórico, — naquilo que mais parece ser uma apresentação.

Ele está em diversos lugares da trama, e influencia diretamente em todos nos fatos, logo sendo um personagem também, apesar de não se mostrar como tal, é.

Nesta história hedionda, nenhum personagem é uma pessoa normal, é um mais maluco, excêntrico e diferente, do que o outro — isto, pondo em adjetivos cordiais e educados. Enfim.

É um filme recomendável para quem curte este tipo de cinema bizarro. Com certeza, o filme deve ser colecionado por malucos mundo afora, pois isto tem um nicho que surpreenderia muitos de vocês.