Crítica: Exercícios de Horror Com Linnea Quigley (1990)

Essa é uma daquelas peculiaridades excêntricas que você só encontra nos anos 80 e 90.

"Linnea Quigley's Horror Workout" de 1990, ou 'Exercícios de Horror Com Linnea Quigley' - em tradução livre. Dirigido por Kenneth J. Hall, diretor de "Criaturas" (1986), "O Palhaço Assassino" (1999) e do aclamado "Bonecos da Morte" (1989).

Este é definitivamente, um filme mais comédia, do que Terror ou mesmo vídeo instrutivo. Os elementos mais fortes dessa pérola são, além do Humor, Sátiras e, como eu bem diria, é muito caracterizado de sensualidade, aposto que, definitivamente, garantiu uma tarde feliz pra muitos jovens em meados de '90, época que o Cinema Trash começou a decair, no que hoje é uma verdadeira miscigenação de estupidez.

Linnea chega a ser boba como nunca neste filme, em suas falas principalmente, esse filme faz Sessão da Tarde parecer mais triste que o episódio em que chamam o Chaves de Ladrão... É amigo! Eu acho que passa longe da meta de ensinar qualquer exercício físico, mas sem dúvidas, vale e muito a pena, para quem (assim como eu) admira a exorbitável Quigley, uma atriz e tanto dos grandes Horror 80's, de que eu sou muito fã, minha Scream Queen nº 1.

O filme brinca muito com clichês do Terror da época, sobre a previsível sensualidade das atrizes de Terror impostas nos filmes, satiriza com velhas cenas de assassinatos, como em ''Massacre na Festa do Pijama'' de 1982, que tudo se passa durante uma noite de festa de pijamas, jovens são atacados por um misterioso elemento psicopata.

Das mais propositais cenas bobas deste filme, temos inúmeras citações, desde exercícios físicos com zumbis até cenas de pura sensualidade, ao inves de um exercício propriamente dito.

Apesar de ser um misto bizarro entre a realidade e ''ficção zumbística'' nos filmes de Linnea, com sua vida e seu lado artístico, até que não fica muito ridículo.

Bom vamos lá, analisando os aspectos do filme, e levando em consideração que não tem uma temática séria, o primeiro ponto negativo é a atuação, todo mundo manda mal, a própria Linnea, aposto, nem fez esforço para atuar bem, por isso considero esse filme um verdadeiro Horror Trash, apesar de não ser completamente isto. Não sei se é injusto taxar isso de ponto negativo porque acredito que essa tenha sido a intenção do filme, mas chega a ser negativo sim.

A peculiaridade desse filme é o que chama atenção, com estilo bem único. A Trilha Sonora entra bem viu? Músicas MIDI de teclados antigos, enredo completamente sem noção de zoeira, visual de Linnea totalmente deslumbrante, com cabelos de Poodle francês, o sarcasmo inerentemente original. Definitivamente, é um filme para se ver em VHS, porque tudo nele remete ao clima noventista, ou mesmo do final dos anos '80, ver ele em Blu-Ray seria inadmissível (Não, esse é daqueles que certamente nunca será lançado oficialmente em BD, pode ficar descansado)

Fotografia completamente disléxica, apropriada para a idéia do filme, bobalhão e bem sacana. Enfim, pra quem gosta de admirar a beleza de Linnea Quigley esse pastelão bobo é o filme é ideal. Mas é quase um pornô, de tanto peitinho solto, pernas abertas, banhos explícitos, nudismos gratuitos mas até que é bem divertido pra quem curte cinema Trash. Recomendo.