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A Biblioteca oficial do Congresso norte-americano adquiriu uma impressão única do nitrato, da obra |
Este é um post de comentários de Mike Mashon, chefe da Seção de Imagem em Movimento da Divisão de Som, Transmissão e Gravação de Imagens. Ele escreve sobre o primeiro de muitos filmes baseados no romance "Frankenstein", de Mary Shelley, publicado há 200 anos este ano. O post é republicado no blog da divisão, "Now See Hear!"
A chega da remessa de filmes ao Campus para Conservação Audiovisual da Biblioteca oficial norte-americana causou euforia. Em.abril de 2015, eles tiveram acesso a uma coleção única de uma cópia sobrevivente de nitrato, da primeira adaptação cinematográfica de “Frankenstein”.
O filme, produzido em 1910 pela Edison Manufacturing Company, é tão revelador - decididamente não é - ou porque é especialmente raro, como atesta uma rápida e precisa pesquisa de YouTube. Em vez disso, este é um exemplo em que a história de como um rolo de filme em particular surgiu na coleção da Biblioteca, e que consegue ser mais interessante do que o filme em si.
A impressão em nitrato de “Frankenstein” tem enorme valor de mercado, baseada não apenas em sua raridade, pois parece ser a única cópia existente, mas também crucial na durabilidade cultural da criação de Mary Shelley de 1818, cujo o bicentenário celebramos. este ano, em 2018.
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Capa da edição de 15 de março de 1910 do Edison Kinetogram |
A impressão também vem com um pouco de notoriedade por causa de seu anterior dono: Alois F. "Al" Dettlaff de Cudahy, em Wisconsin, nos EUA. Ele adquiriu a impressão do filme como parte de uma coleção maior na década de 1950, mas não estava ciente do significado do filme até que o American Film Institute (Instituto de Filmes Americanos) incluiu "Frankenstein" em uma lista dos "10 filmes perdidos mais procurados", em 1980.
O ex-dono, Dettlaff, pertencia a importante círculos de colecionadores de filmes dos Estados Unidos, ele foi um excepcional guardião da impressão em melhor estado de "Frankenstein", viajando com ela ao redor do continente, para exiba-la em festivais e convenções de monstros. Ele até chegou a levá-la para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 1986, onde o presidente da academia e famoso diretor Robert Wise, foi incapaz de convencê-lo a deixar que o rolo de filme fosse devidamente preservado e arquivado.
Eventualmente, Dettlaff transferiu o filme para DVDs que ele pretendia vender, e sua versão em DVD pode ser facilmente encontrada no YouTube. Dettlaff faleceu em casa no ano de 2005, cercado por sua coleção de filmes, incluindo "Frankenstein", ainda sem preservação devida, na sua qualidade original.
A Biblioteca comprou a Coleção Dettlaff em 2014. Ela estava cheia de títulos que a Biblioteca teve o prazer de adicionar às suas propriedades, apesar do especial interesse pela raridade, “Frankenstein”, esperando que talvez pudesse ser transportada do estado de Wisconsin até lá num travesseiro de ouro.
Embora tenha tido chegado em uma lata bastante indefinida, não demorou muito para colocarem o rolo no laboratório de preservação de filme para um SCAN de alta resolução, em 2K antes da preservação essencialmente fotoquímica. A partir desse scan 2K foi feito um trabalho especial para uma restauração digital.
Os créditos iniciais do filme e o primeiro inter-título estavam faltando, mas felizmente o Edison Historic Site, na cidade de East Orange, Nova Jersey, tinha uma cópia que puderam recolocar no lugar; o inter-título foi recriado usando o estilo dos outros títulos.
Donald Sosin, um conceituado compositor e acompanhante do cinema mudo, que forneceu uma trilha sonora original, especial para o título.
A versão recém-restaurada de 1910, de “Frankenstein”, pertence hoje ao Library of Congress e está em seu maravilhoso acervo digital de filmes. E, como a maioria dos filmes na sala de projeção deles, pode ser baixado gratuitamente nos formatos ProRes LT e MPEG-4, completos e com a trilha sonora de Sosin.
Reviver essa parte notória da história do cinema foi, e continua sendo, um prazer. ASSISTA AQUI.
Texto original: Mike Mashon - diretor de restauração;
Tradução e adaptação: Hugo B.;
FONTE DE PUBLICAÇÃO: Library of Congress
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